Agora que vocês conhecem as regras, podemos continuar a história.
Chegou o dia do meu primeiro vôo de helicóptero. Pela primeira vez na vida tive dúvida se realente queria ser piloto de avião (o fator decisivo foi o preço, que , pra helicóptero, é mais que o dobro).
Eramos 5 operários e 1 piloto. Pousamos em uma clareira, na neve, no meio da floresta.
Aos desavisados, eu explico uma coisa: no meio de uma floresta, onde tem clareira, tem árvores caídas/derrubadas ou restos de troncos e galhos.
Onde tem neve, o piloto não vê onde tem tronco caído, nem a inclinação real do terreno, por isso, tem de segurar firme nos controles. Caso um esqui esteja em cima de um tronco e o outro não, as asas rotativas podem acertar o chão e causar acidente.
Pausa pra explicação técnica: helicóptero não tem hélice . Embora o termo “heli” lembre hélice, a palvara helicóptero vem do grego helix/helik = "espiral" or "giro/rotação" e pteron = "asa".
Continuando…
Seguimos as orientações corretamente. Mas...
Cada um de nós desceu e se agaixou... Neve até a cintura... o último passageiro, porém, teve dificuldades em afivelar o cinto; também demorou pra retirar nossa bagagem e fechar o bagageiro.
O fato é que demorou demais pro piloto receber o sinal pra decolar.
Nós não podíamos sair de baixo do helicóptero e tivemos de aguentar muito vento do rotor, muita neve voando e muito frio até que ele decolasse.
Iniciamos o trabalho.
Mais uma pausa pra mais uma explicação:
Cada equipe era formada por 5 operários; 3 carregavam os sensores (3 cada) , 2 carregavam cabos. Os sensores de abalos sísmicos eram pesados (uns 10 kg cada) e cada cabo tinha 200 metros de comprimento. Não sei o peso, mas eram mais pesados que 3 sensores juntos.
Já que os sensores eram mais leves, os 3 operários que carregavam os sensores se revezavam andando na frente, abrindo caminho na neve pra quem carregava os cabos.
Nesse primeiro dia de transporte aéreo, eu fui o primeiro a ir abrindo caminho. 5 minutos após a partida do helicóptero, eu estava com neve até o peito. Qando senti as botas encharcadas, descobri o motivo. A neve cobria um riacho. Não vi. Caí dentro... Só precisaria esperar mais 8 horas, encharcado e a uma temperatura de -5 Celsius pro helicóptero nos buscar.
Nesse dia, só não chorei de vergonha.
Continua...
Chegou o dia do meu primeiro vôo de helicóptero. Pela primeira vez na vida tive dúvida se realente queria ser piloto de avião (o fator decisivo foi o preço, que , pra helicóptero, é mais que o dobro).
Eramos 5 operários e 1 piloto. Pousamos em uma clareira, na neve, no meio da floresta.
Aos desavisados, eu explico uma coisa: no meio de uma floresta, onde tem clareira, tem árvores caídas/derrubadas ou restos de troncos e galhos.
Onde tem neve, o piloto não vê onde tem tronco caído, nem a inclinação real do terreno, por isso, tem de segurar firme nos controles. Caso um esqui esteja em cima de um tronco e o outro não, as asas rotativas podem acertar o chão e causar acidente.
Pausa pra explicação técnica: helicóptero não tem hélice . Embora o termo “heli” lembre hélice, a palvara helicóptero vem do grego helix/helik = "espiral" or "giro/rotação" e pteron = "asa".
Continuando…
Seguimos as orientações corretamente. Mas...
Cada um de nós desceu e se agaixou... Neve até a cintura... o último passageiro, porém, teve dificuldades em afivelar o cinto; também demorou pra retirar nossa bagagem e fechar o bagageiro.
O fato é que demorou demais pro piloto receber o sinal pra decolar.
Nós não podíamos sair de baixo do helicóptero e tivemos de aguentar muito vento do rotor, muita neve voando e muito frio até que ele decolasse.
Iniciamos o trabalho.
Mais uma pausa pra mais uma explicação:
Cada equipe era formada por 5 operários; 3 carregavam os sensores (3 cada) , 2 carregavam cabos. Os sensores de abalos sísmicos eram pesados (uns 10 kg cada) e cada cabo tinha 200 metros de comprimento. Não sei o peso, mas eram mais pesados que 3 sensores juntos.
Já que os sensores eram mais leves, os 3 operários que carregavam os sensores se revezavam andando na frente, abrindo caminho na neve pra quem carregava os cabos.
Nesse primeiro dia de transporte aéreo, eu fui o primeiro a ir abrindo caminho. 5 minutos após a partida do helicóptero, eu estava com neve até o peito. Qando senti as botas encharcadas, descobri o motivo. A neve cobria um riacho. Não vi. Caí dentro... Só precisaria esperar mais 8 horas, encharcado e a uma temperatura de -5 Celsius pro helicóptero nos buscar.
Nesse dia, só não chorei de vergonha.
Continua...
4 comments:
Caraca, qtas histórias e que frio vc deve ter passado.
Fico pensando que nunca vivi aventuras assim dessa forma.
Bj!
Nossa que historia incrivel, parece mesmo de filme, alias vc escreve super bem, mil imagens circundam minha cabeca, se cada fizesse um filme do que vc falasse surgiriam muitas coisas legais, mas vc poderia fazer um livro, ou quem sabe um filme! REalmente pensei o quanto e dificil ter neve e vc nao saber a dimensao da coisa. aff... rsrs
MAs muito legal suas aventuras... apesar de que eu tbm choraria horrores!
bju bju
Que loucura! Eu choraria, sem vergonha nenhuma, porque já é muita coragem se meter numa situação como essa.
Ah, valeu pela explicação sobre a não existência de hélices no helicóptero. Realmente não sabia.
Você não chorou? Fala sério! Sei de homens que já choraram por bem menos, tipo neve nas mãos! Neve deve ser tão lindo, acho que vou chorar de alegria qdo ver! hehehe
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