Monday, October 26, 2009

1969-2009 - MUDANÇA RADICAL

Há muitos princípios se perdendo com o tempo.
Principalmente o respeito.
"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos...
Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"
Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive...


Esta eu recebi da Lilian, que aliás, acabou de se tronar mamãe!
Parabéns Lilian!

Que o Samuel seja um momem melhor pra este planeta, que este planeta realmente necessita pessoas melhores!

Captain Forr

Sunday, October 25, 2009

Família Heenes

Fica aquei minha homenagem (com duas semanas de atraso) à família Heenes, que conseguiu seus 15 minutos de fama em 3 ocasiões: duas em reality shows, e uma mais recente em que conseguiu ser a família mais famosa do mundo, superando a Primeira Família!
Esta última causa de fama pode render até 6 anos de cadeia!

Na verdade, tive a idéia de postar esta "homenagem" um dia após o ocorrido, quando começaram a suspeitar de fraude, mas fui prevaricando, prevaricando, prevaricando... Tá quase tão atrasado quanto a organização da minha casa, que também estou prevaricando...

Captain Forr

Wednesday, September 9, 2009

Passeios

Depois de muito tempo, finalmente fiz 3 passeios daqueles que eu gosto!
No primeiro deles eu fui sozinho.
Sabe como é? Eu convido. Se ninguém vem, eu vou sozinho.
Vir comigo é difícil! Fazer desculpa é muito fácil.
Quem escolhe o caminho fácil jamais vai participar das minhas aventurase bons momentos.
Comi morangos silverstres (pequenos, digo, minúsculos, mas docinhos pra valer)!

Caminhei uns 10 km pelo mato, no frio (quase 0 graus C) e na chuva, mas valeu a pena.
Vi alguns animais selvagens, mas o ponto alto foram os filhotes de Coyote que quase cariciei!
Estava dirigindo de volta quando vi um "cãozinho" na beira da estrada.
Parei o carro e desci pra fotografar. Enquanto ajustava a câmera, outros 4 apareceram.
Eles estava curiosos, então, chegaram a uns 2.5 - 3 metros de mim. Eu estava esperando eles chegarem mais perto pra cariciar, mas eles estavam com medo... só vinham por trás. Assim que eu virava pra fotografar, eles corriam.
Fiz algumas fotos sem pose e sem sorriso, mas uma ou outra saíram boas.
Em menos de 2 minutos, a mamãe Coyote apareceu na beira da estrada (a uns 8 metros de mim), deu uma latida só e todos correram pra perto dela e seguiram pro mato.

HOJE É NIVER DO BAGUAL E ELE GOSTA DE CÃES - FELIZ ANIVERSÁRIO BAGUAL


Outros bichos do passeio sozinho...

Assim que o Gaúcho chegou do passeio pelo Brasil, Europa e África, me ligou convidando pra dois passeios (que coincidiram com meus dias de folga).
Bem, eu estava no trabalho quando ele me ligou. Encerrei o expediente as 3:00 AM e só fui dormir as 4:00 AM. As 9:00 AM ele estava aqui me buscando.
Fomos à Lake Louis, Moraine Lake e Field...
Chegamos em casa bem tarde da noite (nem sei que horas eram) e saímos novamente as 5:00 AM pra mais um passeio pra Glacier National Park, em Montana, USA.
O passeio foi muito bom, a paisagem é linda e agradável. Pena que eu não tenho (ainda, mas vou comprar) uma lente adequad pra fotografia de paisagem (lente grande angular).
As imagens vão ficar na memópria.
Eu garanti pro Gaúcho que veríamos urso, mas ele duvidou. Então eu continuei: "que eu fique milionário se estiver errado!" . Assim, eu sairía ganhando qualquer que fosse o resultado.
Vida de pobre é assim mesmo! Ao invés de ficar milionário, vimos 2 ursos (as fotos saíram ruins por causa de pouca luz (tarde, quase noite) e eles estavam muito altos na montanha, longe demais da estrada).
Ainda no assunto "vida de pobre", a palma da mão coçou! Fiquei feliz, mas só até descobrir que a coceira não tinha nada a ver com $ caindo no meu colo, mas era alergia!
Bem, rico ou pobre, a viagem valeu a pena.
Outra hora eu volto pra fotografar mais (desta vez, com lentes adequadas).
Vou ficando por aqui, extendendo o convite a todos os que lêem este blog.
A escolha é sua se vc vem comigo ou se arranja desculpa pra não vir.


Aqui está a única foto publicável que fiz no Glacier National Park.

Captain Forr

Tuesday, September 1, 2009

Incêndio na Coca-Cola...

Domingo, pouco antes das 9:00 AM, bati cartão, deixei a câmera perto da sala dos computadores e fui e fui buscar minha papelada no outro lado da fábrica...
Imediatamente após pegar a papelada, resolvi caminhar ao estacionamento procurar o caminhão que eu usaria.
Fui o terceiro funcionário a ver o fogo que estava iniciando.
Na hora, por ser domingo, eramos uns 10-12 funcionários na fábrica.
Todos saímos imediatamente.
O depósito externo de caixas plásticas, pallets e tanques (18 litros) de xarope tinha sido incendiado (a polícia e eu cremos que tenha sido incêndio criminoso, uma vez que só uma cerca separa o depósito externo da rua e não tinha nenhuma fonte de calor pra causar incêndio acidental).
Agora, a parte interessante: um helicóptero da polícia estava sobrevoando o local na hora e eles mesmos se encarregaram de chamar socorro E A IMPRENSA!
Os Bombeiros levaram uns 15 minutos (geralmnente levam 3 a 5, já que tem muitas estações espalhadas pela cidade) pra chegar. Até lá, o fogo já estava enorme.
O engraçado foi ver a televisão chegar, olhar e ir embora, enquanto as rádios divulgavam as notícias urgentes...
Eu estava a uns 30 metros de distância quando um dos tanques explodiu. Foi o único!
Saímos da propriedade e fomos pra rua, pra ficarmos longe da fumaça tóxica (plástico e borracha queimando).
Após controle do incêndio, fomos permitidos a voltar ao local, mas não podia sair (com o caminhão) porque o fogo ainda não extava completamente extinto e eu não podia passar por cima das mangueiras dos bombeiros. Fiquei no caminhão ouvindo as notícias!
Bem, as rádios reportaram as labaredas de 4 andares de altura, vistas e reportadas pelo piloto do helicóptero (engraçado, eu estava a uns 30 metros de distância e não vi isso!)! As maiores labaredas devem ter chegado a uns 4 metros de altura!
Eu ainda estava a uns 30 metros quendo ouve a explosão de um tanque de xarope (já disse que foi a única explosão, não disse?), mas logo as rádios começaram a divulgar a série de explosões que colocaram os bombeiros em perigo (relato de vizinhos, que ligaram pras rádios).
Quando os bombeiros começaram a recolher os equipamentos, eu contei pra um deles sobre as notícias, e ele começou a rir.
Não dá pra confiar na imprensa, não é mesmo?
Captain Forr

Thursday, August 13, 2009

Cães

Cães são mais inteligentes que gatos.

Contra fatos não existem argumentos!



Captain Forr

Saturday, August 1, 2009

Postos Ipiranga...

Eu amo estas propagandas.
Acho que a Ipiranga foi muito feliz com o slogan "apaixonados por carro como todo brasileiro".



Captain Forr

Friday, July 24, 2009

Gatos...

A porta pequena é minha. A grande é a entrada do servo.



Wednesday, July 15, 2009

Assim se logra um Hamster... E um captain.

DESVIO ADIANTE - "Isso confunde ele!"

Pois é, minha gente. Eu também preciso férias. Estou como o Hamster da Charge, correndo sem sair do lugar, confuso e perdido (mesmo sem sair do lugar... pode?). Extrapolei completamente e em muito todos os meus limites imagináveis, físico e emocional. Estou estressadíssimo. Estou absolutamente esgotado e acho que a qualquer momento vou ter um colapso. Caso isso aconteça e eu morra, vcs poderão se inscrever pra um sorteio pra ver quem participa do meu velório. Cerca de 17 mil pessoas serão sorteadas entre meus 1.6 milhão de fãs espalhados pelo mundo. Os demais poderão asssitir ao velório ao vivo pela tv. Concluí que vida sem descanso, chocolates finos, churrasco e aventura não vale a pena.

Captain Forr

Friday, July 3, 2009

SUSTOS

Nos últimos 2 vôos:

- Decolei sem ligar o transponder (a gente faz o taxi todo com ele desligado pra não confundir o radar e controladores de vôo com aeronaves sobrevoando o aeroporto. A gente liga logo antes da decolagem, quando recebe autorização pra ingressar na pista de decolagem e eu me esqueci de girar o botão...). Este era um vôo solo.

- ontem estava treinando vôo por instrumentos e estava com máscara pra enxergar só o painel. O instrutor estava encaregado de olhar pra fora e ver outros aviões.
Ouvimos um barulho de avião que durou uns 2 segundos. Eu e o instrutor achamos que quase fomos acertados. Foi um susto e tanto. Acabou que estavamos com os fones nos ouvidos e foi barulho no rádio. Ainda que era responsabilidade dele olhar e garantir separação, estávamos em espaço aéreo controlado e os controldadores avisariam... A não ser que a outra aeronave estivesse com transponder desligado, é claro!

- Ainda ontem, ao final do treino, tirei a mascara e fomos treinar pouso de emergência. O instrutor quiz me mostrar a técnica dele e... descemos quase até o chão antes de arremeter.
Mas... Era um avião mais pesado que os outros e com controles mais limitados. Também tinha tanques maiores que os outros e eu saí com tanques cheios (a aeronave é sensível a peso. Com 4 ocupantes não posso levar bagagem, nem decolar com mais que meio-tanque).
Diga-se de passagem, eu fui o segundo aluno deste instrutor nesa escola; ele só está trabalhando nesta escola a 2 semanas e não conhecia este avião (são vários cessna 172, mas este era um cessna 172 N, com algumas características e performance diferentes dos outros).
Resultado: passamos baixo perto tas árvores e ele se assustou. Eu não, pq achei que ele sabia o que estava fazendo e andando perto a propósito! O que aconteceu é que a aeronave não subiu na velocidade vertical esperada até pegar velocidade horizontal!

- Há algumas semanas, com outro instrutor, fui fazer treino de parafuso. Chamamos no rádio e ninguém respodeu. olhamos pra fora em manobra 180 graus (pra ver todos os lados) e não vimos nada. Comecei a manobra e... Vi um avião não muito longe. Felizmente a asa ainda não tinha caído e consegui abortar a manobra! Fui eu quem vi o outro avião e mostrei pro instrutor.

Captain Forr

Monday, June 29, 2009

A origem do nome "brigadeiro" do docinho...

Brigadeiro é um doce brasileiro criado na década de 1940.
Diz a lenda que, no início, a criançada fazia guerra com aquelas bolinhas, por isso, o nome se popularizou como "bombardeiro".
Nos anos de 1946 e 1950, o brigadeiro Eduardo Gomes candidatou-se à presidência da República pela UDN. Pelo físico avantajado e boa aparência, o candidato conquistou um grupo de fãs do Pacaembu, bairro de São Paulo, que organizaram festas para promover sua candidatura.
Como as festas dos correligionários e cabos eleitorais era muito disputada pela população, estes logo começaram a chamar os amigos para "irem comer o docinho do Brigadeiro".
Graças à fama conseguida com a candidatura, Eduardo Gomes doou uma de suas fardas usadas para um museu no Rio de Janeiro. A farda, porém, tinha um rasgo na região do zíper da calça.
Por regra da aeronáutica Brasileira (diferente da portuguesa), apenas pilotos podem chegar ao posto de brigadeiro... e eles pilotam bombardeiros!
Alguém teve uma brilhante idéia: Como "bombardeiros" passaram a ser conhecidos por "doces do brigadeiro", e, "a receita do doce é como o brigadeiro Eduardo Gomes - faltam ovos", o docinho foi rebatizado e o nome de "brigadeiro" acabou sendo dado ao doce.
Apesar do apoio recebido, a eleição foi ganha pelo então general Eurico Gaspar Dutra.
OBS: A versão da wikipedia é diferente da que eu li a alguns anos, mas serviu de base pra eu reescrever com minhas palavras.
Não sei qual versão é a verdadeira, mas esta é mais engraçada que a versão da wikipedia. Não me lembro o nome do museu citado, nem da fonte, uma vez que li a muitos anos e não costumo me manter atualizado em culinária!
Tive de pesquisar na wikipedia pra lembrar o nome do brigadeiro, assim como anos de sua candidatura.
Captain Forr

Saturday, June 27, 2009

Homenagem à Paris Hilton

Apenas pra atualizar o blog...
"There is no men in our history, who led a life of ease, whose life is worth remembering." (Theodore Roosevelt)
"Não há homen na nossa história, que levou uma vida fácil, cuja vida seja digna de lembrança."

Podemos ampliar "men", por mankind, e "our history", não como história americana, mas história da humanidade, que a constatação continua válida e acurada.

Dito isso, fica aqui minha homenagem à Paris Hilton.

Captain Forr

Friday, June 19, 2009

Vôo por instrumentos - introdução

Hoje fiz minha primeira aula de vôos por instrumentos - introdução.
A coisa é bem complicada...
O instrutor me deu um par de óculos onde eu só enxergava o painel do avião. Logo após a decolagem, tive de baixar a viseira e confiar no painel e no instrutor. Quase me dei mal! Ele me mandou virar x graus à direita... Eu não sei a diferença entre esquerda e direita, mas virei pro lado certo. O problema era que só enxergava o painel. Arranquei penas de um pássaro! Quase acertei ele com a asa.
Quando a gente pensa que está numa posição e os instrumentos dizem outra coisa, é melhor acreditar nos instrumentos.
Bem, como piloto privado nunca poderei fazer o que os pilotos destes videos fizeram, mas é importante saber um pouco a respeito.
Poucas são as aeronaves e poucos os pilotos (mesmo de linha aérea) com certificação e instrumentos precisos o suficiente pra fazer isso. De fato, esses instrumentos custam alguns milhões de dólares, e, a não ser que a aeronave vá ser usada em aeroportos como London Heathrow, Toronto, New York e Newark, empresas resistem em equipar as aeronaves com intrumentos CAT 3.
No Brasil existem o CAT 2, que pode ser usado pra visibilidade restrita, mas o piloto tem de enxergar pelo menos 1 km adiante e parece-me que 300 m na vertical.
Pra esse tipo de pouso, o aeroporto também tem de ser equipado com instrumentos especiais. Pouquíssimos aeroportos no mundo são equipados e nenhum no Brasil é.
Curtam o video e saibam que algum dia ainda vou ter essa certificação... E não se assustem!
Captain Forr




Saturday, June 13, 2009

ERROS ERRADOS...

"Quem aprende com os próprios erros é sábio. Quem aprende com os erros alheios são afortunados. Quem não aprende é tolo." ( autor desconhecido)

"Toda empresa precisa de gente que erre, que não tem medo de errar e que aprende com o erro." (Bill Gates)



"Ernie aprendeu com seus erros e agora está overqualified pra tudo!"

"Aprendi muito com meus erros... Principalmente como funciona o sistema judiciário."

Então minha gente, andam aprendendo bastante???

Captain Forr

Dez, Nove, 8, ...

Saudades dos anos 8o...
Melhor década de produção musical nos anos modernos... Período pré-decadência.
Anos 90 - Desenvolvimento da internet, maior fonte de propagação da imbecilidade (acreditem, imbecilidade é uma doença contagiosa). Como vírus que sofre mutação e se tornam imunes à vacina, imbecilidade também (com o agravante de ser mais difícil de controlar).
Sim. Culturalmente falando, muitas pessoas tiveram seu cérebro extirpado. Eis o motivo do surgimento, propagação e "desenvolvimento" do tchan, boquinha da garrafa, egüinha pocotó, créu...


Fico feliz de saber que, alguém cujo cérebro ainda não tinha sido infectado se lembrou dos idos anos 80 e suas riquezas... e "orquestrou o rock melódico", nos devolvendo o prazer de ouvir música.

Fiquem com "The Final Countdown", versão intelectual.
Captain Forr


Retratação: Nada contra a internet em si; apenas lamento que, a cada dia fica mais difícil garimpar o que presta e tem valor do resto do lixo, e lixo se cria e espalha mais rapidamente.

Saturday, June 6, 2009

O PENSADOR

No museu, depois do expediente: "Nem pesnse nisso!"

Wednesday, June 3, 2009

CLIENTES


Se vcocê teve um encontro com alguém que:
  • se julga digno de louvor e faz questão que você o louve
  • exige perfeição (e é pessoalmente exemplo de perfeição)
  • te aponta cada um dos seus defeitos e pecados
  • quer justiça (e isso significa que você seja punido(a))

Parabéns.

Você teve um encontro pessoal com ninguém menos que um cliente!

Captain Forr revela o segredo para os clientes


Srs Clientes,
Quando te disseram que "o cliente é o rei", nada mais fizeram que te bajular pra te tirar o dinheiro.
Só isso. Você não importa. Não torcemos pelo seu sucesso. Seu sucesso apenas nos poupa do trabalho de encontrar outro imbecil desprezível como o senhor pra arrancar o dinheiro dele.
Sua desgraça é nossa comédia.
Entenda isso de uma vez por todas: Estamos interessados no seu dinheiro e nada mais. Se você não tivesse dinheiro, não estaríamos lá.
Não exija do entregador mais que o contrato escrito. Não é minha função organizar seu estoque (ainda mais de produtos da concorrência!).
Se você não tem dinheiro, não posso entregar. Simples não? Porquê você me enche o saco por não confiar que você vai pagar a conta (maior que meu salário) mais tarde? Porque você liga pro meu chefe pra reclamar que eu saí justamente na hora que vc ia arranjar dinheiro (depois de desperdiçar meia-hora do meu tempo, discutindo, com você bloqueando meu caminhão com seu carrro)?
Por acaso sou eu o incompetente que não gerencia bem O SEU FLUXO DE CAIXA?
Você não é o único "rei" do dia; temos várias entregas por dia e um cronograma apertado. Não temos tempo (nem paciência) pra perder com vocês. Não reclame que a empresa não me deu mais tempo pra fazer sua entrega. Simplesmente não perca meu tempo. O trânsito já faz isso, e temos clientes que fecham cedo. Seus clientes vagabundos, que só estão na fila pra comprar loteria que esperem. O sorteio será apenas no sábado a noite. Eu estou trabalhando e tenho um cronograma. Eles não. Na verdade, eles nem deveriam estar na fila; deveriam estar no trabalho. Já que não estão trabalhando mesmo, que esperem mais um pouco. Assine o maldito documento e me deixem ir embora.

CLIENTE DO MEU CLIENTE


Quando eu tiro a carga do caminhão no estacionemento e você estaciona grosseiramente bloqueando minha carga, perdendo meu tempo me forçando a te esperar pra tirar o carro de lá, por favor não me venha com "desculpe, pensei que você já tinha terminado...".
Carga no chão, fora da loja, e você achou que eu já tinha terminado?
Tenho boas e más notícias pra você:

MÁS - VOCÊ É UM IMBECIL, UM RETARDADO!
BOAS- Você não é nem de perto o único. Diariamente, eu encontro váááários como o senhor.

Leitores do blog, minha dúvida é a seguinte: Devo quebrar o nariz e o queixo desses clientes, ou o queixo e algumas costelas?

SIM, ESTOU ESTRESSADO.
Captain Forr

Tuesday, May 26, 2009

FILOSOFANDO...

Eu fico com a pureza da resposta das crianças ....

"Não entendo essa questão de copo meio-cheio ou meio-vazio, só sei que não adianta chorar o leite derramado!"

Pai (in memorium) e filho Thaves são gênios!

Sunday, May 17, 2009

AAAAAIIIIIII!

Gente,
Problemas:
Meu computador deu vírus e perdi tudo, todas as fotos dos últimos 3 ou 4 meses (que não tinham backup), assim como a continuação da série Canadá - Terra da vida fácil e $ sem limites e tantos outros arquivos...
Nem com antivírus do meu próprio ou do computador do meu irmão resolveram o problema, então....
Sarah, ano que vem eu posto fotos do inverno, tá bem?
Captain Forr

Saturday, May 16, 2009

Jasper National Park

Caros leitores,
Ontem e hoje estou de folga, então, ontem dormi até as 10:00 AM (não dormi tanto tempo assim; eu trabalho de noite e chego entre 02:00 e 03:00 AM em casa). Bem, acordei, tomeimeu café do ponto (não comi nada), peguei meu equipamento fotográfico, documentos e cartões do banco e desapareci. Esqueci de levar blusa e estava frio fora do carro (o carro tem aquecedor).
Bem, rodei cerca de 860 km pelas Montanhas Rochosas, entre Calgary e Jasper.
Como estava frio e eu estava sem blusa, não fotografei muito, apenas curti a paisagem - SOZINHO!

Thays, Aline, Mariana, Daniel (bagual), Quel e Moreninha, aguardo suas visitas novamente.
Claudio, Lucia, Fernando, Prima Favorita Número 1, Cami-mi-mila, Babi, Lioness, Chris, Lelé, The Seeker, Dri Viaro, Sami, Ana, Princesa (e nada de cuspir na minha cara, viu princesa?)e qquer leitor(a) que eu esqeci de mencionar, saibam que eu apreciaria suas visitas e eu serviria de guia por esses e tantos outros lugar lindos aqui da região.
E saibam que, se vocês não vierem me visitar, vou curtir essas paisagens sozinho novamente!

Espécie de Águia que fez o ninho em cima de uma ponte...

Mais um chifrudinho pro churrasco...

A petisca e o petisquinho... Sami, não esqueça de trazer o gato...
Falando nisso, como vai a engorda do gato? Favor relatar o progresso, que eu estou com fome.

Verdadeiro corvo (Corvo viu? Corno é o da segunda foto)... Tem duas espécies: Crow e Raven.
A diferença é que um é grande e outro é menor. Não sei qual é qual.

Sami, diga pra sua mãe que eu tenho curiosidade de saber se corvo tem o mesmo sabor de águia... É que eu nunca comi águia. Nem corvo.

Ao final da viagem, parei pra jantar e comi Cheesecake de chocolate belga (Bernard Calebaut) de sobremesa. A Chris deve estar se acabando!
Captain Forr

Wednesday, May 13, 2009

Resposta pro video da Lucia....

Lucia, taí a solução...
Captain Forr

Tuesday, May 12, 2009

Canadá- Terra da vida fácil e $ sem limites... Parte 6.7

A cada dia uma dificuldade diferente... Trabalho iniciando perto da estrada; o uso do helicóptero não justificava, então, caminhávamos 300 – 400 metros pra iniciar o rabalho (cerca de uma hora caminhando ANTES de iniciarmos o trabalho).
Como já disse, o trabalho era exastivo e exigia demais.
Eu tinha 3 pares de luvas semi-impermeáveis. Um colega encharcou a mão. Eu emprestei um dos meus pares de luvas (no frio intenso não se brinca; se os dedos congelarem e o socorro não for imediato, a amputação é certa. Se o socorro for imediato, a dor ainda vai ser muito intensa).
Eu suava e perdia líquido. Tinha de rehidratar. Não conseguia abrir o zíper pequeno da mochila com aquelas luas grossas. Tirei a luva, tomei uns goles de água. Coloquei a luva novamente. Nesses p;oucos segundos, minha luva suada congelou. Quando eu coloquei a luva congelada, a mão doeu até os ossos. Que dor horrível.
Bateu o desespero. Ainda tinha horas de trabalho pela frente, e, mesmo que deixasse de trabalhar pra buscar socorro, ainda teria de caminhar horas com neve até a cintura pra chegar à clareira ou estrada mais próxima. Agora eu tinha de conservar meu último par de luvas secas por horas. Aida tinha de trabalhar por horas.
Uma vez terminado o serviço, os lugares nos carros eram contados; nenhuma das pick-ups tinha lugar sobrando, por isso, tinhamos de esperar até o último trabalhador da última equipe antes de partirmos de volta ao acampamento. O que fazer nesse caso?
Reuníamos todos os trabalhadores que já estavam de volta no ponto de partida e preparávamos os equipamentos em sacos gigantes pro helicóptero entregar no próximo dia.
Algumas pessoas (estrangeiros) estavam com friozinho... todo mundo trabalhado e esses 4 rapazes entraram numa das pick-ups pra se esquentar. O José (o chefe que gostava de mim e do meu irmão) foi até o carro chamar eles pro trabalho. Imediatamente um deles trancou o carro por dentro. Pois é. Mudei de trabalho e troquei de colegas vagabundos, só não me livrei deles!
Meu irmão ficou nervoso e, falando comigo, chingou eles (em português, mas falando do país de origem ): “ Esses ******(inserir país de origem aqui) são todos vagabundos!”
Sorte! Nós já estavamos longe do carro e eles não ouviram. Quando o último trabalhador chegou, fui escalado pro mesmo carro desses rapazes... Descobri que dois deles falavam português fluentemente (moraram muitos anos em Cuba e aprenderam com amigos brasileiros).
No refeitório, chamei meu irmão e falei pra ele cuidar com as palavras... Em português, chamei esses dois vagabundos pra sentar com a gente. Meu irmão entendeu o recado! Ele poderia ser processado or “racismo”!

Monday, May 11, 2009

Mais uma, só pra atualizar...

Estalagtites de gelo - A neve começa a derreter no telhado, mas recongela...
É divertido quebrar essas pontas!
Captain Forr

Tuesday, May 5, 2009

Mais Fotos



Eu fico imaginando esses bichos... numa churrasqueira! Nham, Nham!
Captain Forr

Monday, May 4, 2009

Canadá- Terra da vida fácil e $ sem limites... Parte 6.6

Quando os dois cabos e os 9 sensores estavam instalados, parávamos pra um breve intervalo, pra comer algo e rehidratar. Depois, abríamos o pacote deixado pelo helicóptero, juntávamos mais cabos e sensores e... mãos à obra.
É importante salientar que, tinhamos um objetivo, que obrigatoriamente teria de ser atingido, e sob hipótese alguma poderia ser extrapolado: uma quantidade ideal de sensores instalados.
Lembrem-se: os sensores eram instalados em pontos exatos pré-determinados pelos engenheiros e geólogos, portanto, uma determinda quantia de sensores instalados era sinônimo de distância percorrida. Por esse mesmo motivo, não poderíamos ficar aquém, nem além do objetivo. Ao aproximar a noite, precsávamos estar perto de uma clarera pra que o helicóptero nos buscasse. As clareiras eram pequenas. Se escurecesse, o piloto não poderia enchergar a distância entre o rotor e as árvores. Se essa situação ocorresse, dormiríamos no mato, no frio, na neve, sem barraca ou sleeping bag. Atingir o alvo não era opção.
Por isso, andávamos o mais rápido possível, e os descansos eram mais curtos ou mais longos pra ajuste do desempenho. Após uma hora andando o mais rápido que podíamos, pergntei ao colega com o GPS:
- Que distância andamos desde o último descanso?
Ele olhou o GPS e disse:
- 400 metros.
Que desespero. O esforço pra vencer a neve era enorme, por isso, suávamos. O suor congelava e isso aumentava a sensação de frio. Também desidratava.
Que vontade louca de chorar: Eu encharcado pela queda no rio, desidratado e na última garrafinha de água e última caixa de suco, olhando no relógio e pensando: AINDA FALTAM 4 HORAS. Eu ia desistir. Resolvi dar o último passo. Só mais um e vou desistir. Dei o maldito passo. Pensei: só mais um passo daí eu desisto. Dei o maldito passo e pensei: Só mais um passo e daí eu desisto... Assim mesmo, de passo em passo, decisão em decisão, superei as últimas 4 horas do dia.
Quer saber o pior? Ao final do dia, estavamos perto de uma estrada, então, o chefe da equipe recusou o “resgate de helicóptero”, que uma pick-up poderia nos pegar... E eu encharcado.
Anoiteceu. Não tinha mais como voltar atrás na recusa do helicóptero. A pick-up que deveria nos pegar na estrada tentou ir nos buscar no mato. Andou uns 10 metros antes de encalhar em 80 cm de neve. Com auxílio dos guinchos de outras duas pick-ups, 8 pessoas e 3 horas de trabalho, conseguimos desencalhar e voltar pro acampamento...
Novamente, só não chorei foi de vergonha. Felizmente eu sabia da aposta. Não desisti.

Saturday, May 2, 2009

Honda Civic

A Babi pediu fotos... Fiquei motivado e aproveitei minha folga pra passear e fotografar um pouquinho.
Tenho mais algumas, que vou reservar pra futuros posts (já que não sei quando vou poder sair fotografar novamente)...

Por agora, vou mostrar o motivo pelo qual gosto do meu Honda Civic:É um carro econômico, então, posso encher o tanque, passear pelas montanhas e ver estas paisagens de vez em quando!
Captain Forr

Pai Rico, Pai Pobre e o Clube dos 30

Gente,
Hoje entrei pro Clube dos 30, mas preferia mesmo entrar pro clube dos milionários...
Estou lendo Pai Rico, Pai Pobre, de Robert kiyosaki e Sharon Lechter...
Duas coisinhas sobre o livro:
2 - Eu recomendo;
1 - NÃO É AUTO-AJUDA
Até o momento estou gostando do livro. Best Selling a anos, demorei até agora pra me interessar por achar que é mais um livro de auto-ajuda (e eu me recuso a ler essas porcarias).
Bem, eu já estava fazendo alguns investimentos com o que sobrava no fim do mês, mas agora estou revendo como utilisar meu salário... Vou dar prioridades a investimentos à diversões e supérfluos. Vamos ver se, antes do dia 02/05/2014 eu entro pro clube dos milionários (mas pilotar profissionalmente ainda será prioridade, podem ter certeza)!
Captain Forr

Wednesday, April 29, 2009

Analgésicos...

Nas últimas duas noites, fui trabalhar com febre (noite anterior) e dor de cabeça (últimas duas noites).
Não se preocupem, porque não estive no México. Deve ser outro tipo de gripe.
Voltando ao assunto dor de cabeça, já falei que sou alérgico a todos os analgésicos conhecidos e minha única "opção" é sofrer?



Captain Forr

Tuesday, April 28, 2009

Canadá- Terra da vida fácil e $ sem limites... Parte 6.5

Agora que vocês conhecem as regras, podemos continuar a história.

Chegou o dia do meu primeiro vôo de helicóptero. Pela primeira vez na vida tive dúvida se realente queria ser piloto de avião (o fator decisivo foi o preço, que , pra helicóptero, é mais que o dobro).
Eramos 5 operários e 1 piloto. Pousamos em uma clareira, na neve, no meio da floresta.
Aos desavisados, eu explico uma coisa: no meio de uma floresta, onde tem clareira, tem árvores caídas/derrubadas ou restos de troncos e galhos.
Onde tem neve, o piloto não vê onde tem tronco caído, nem a inclinação real do terreno, por isso, tem de segurar firme nos controles. Caso um esqui esteja em cima de um tronco e o outro não, as asas rotativas podem acertar o chão e causar acidente.

Pausa pra explicação técnica: helicóptero não tem hélice . Embora o termo “heli” lembre hélice, a palvara helicóptero vem do grego helix/helik = "espiral" or "giro/rotação" e pteron = "asa".

Continuando…
Seguimos as orientações corretamente. Mas...
Cada um de nós desceu e se agaixou... Neve até a cintura... o último passageiro, porém, teve dificuldades em afivelar o cinto; também demorou pra retirar nossa bagagem e fechar o bagageiro.
O fato é que demorou demais pro piloto receber o sinal pra decolar.
Nós não podíamos sair de baixo do helicóptero e tivemos de aguentar muito vento do rotor, muita neve voando e muito frio até que ele decolasse.
Iniciamos o trabalho.

Mais uma pausa pra mais uma explicação:

Cada equipe era formada por 5 operários; 3 carregavam os sensores (3 cada) , 2 carregavam cabos. Os sensores de abalos sísmicos eram pesados (uns 10 kg cada) e cada cabo tinha 200 metros de comprimento. Não sei o peso, mas eram mais pesados que 3 sensores juntos.
Já que os sensores eram mais leves, os 3 operários que carregavam os sensores se revezavam andando na frente, abrindo caminho na neve pra quem carregava os cabos.
Nesse primeiro dia de transporte aéreo, eu fui o primeiro a ir abrindo caminho. 5 minutos após a partida do helicóptero, eu estava com neve até o peito. Qando senti as botas encharcadas, descobri o motivo. A neve cobria um riacho. Não vi. Caí dentro... Só precisaria esperar mais 8 horas, encharcado e a uma temperatura de -5 Celsius pro helicóptero nos buscar.
Nesse dia, só não chorei de vergonha.


Continua...

Monday, April 27, 2009

Fotos...

Faz um tempão que eu não saia fotografar, mas resolvi dar um pulinho no parque num final de tarde na semana passada...
Aproveitando que a Babi pediu, vou postar duas fotos...
Eu realmente tenho de treinar mais, pq estou perdendo a habilidade.

Casal namorando no parque...

Ganso Canadense - O gelo mal começou a derreter e ele já criou coragem pra nadar...
Poucas coisas nesse mundo me dão medo, mas uma delas é água fria...
(um parente desse camarada está sendo acusado pelo puso do teco-teco no Hudson...)

Friday, April 24, 2009

Canadá- Terra da vida fácil e $ sem limites... Parte 6.4

Pra que vocês entendam meu sofrimento em dias de trabalho com helicóptero, preciso que vocês entendam as regras de segurança de helicópteros. Somente se vocês lerem isso entenderão meu próximo post.
Vamos lá!

Descer do helicóptero e agaixar.
Jamais andar em aclive perto de um helicóptero funcionando. Caso não se veja o relevo por causa de neve ou água, descer do helicóptero, agaixar e ficar parado até que ele decole.
Antes de desembarcar, reafivelar o cinto de segurança pra que o próximo passageiro o encontre com facilidade e um passageiro não afivele o cinto alheio.
O primeiro passageiro a descer deve ir agaixado em diagonal, onde possa fazer contato visual com o piloto e sinalizar quando ele pode decolar.
Nunca andar em direção à cauda do helicóptero (é difícil de ver o rotor em movimento e difícil de julgar a distância pelo barulho, já que a turbina e rotor principal também emitem barulho).
O último a descer pega a bagagem de todos. Após trancar o bagageiro, e sair de perto do esqui, sinalizar ao primeiro passageiro, que sinalizará ao piloto que este poderá decolar novamente.

Chegou a vez da minha equipe ir de helicóptero pro trabalho. A profundiade da neve era até a cintura. Veículo terrestre nenhum chegaria ao local de trabalho. Ao custo de C$ 1300,00 por hora (por helicóptero), a empresa não nos mandaria de helicóptero pra nos divertir (embora fossem 11 minutos de diversão).

Wednesday, April 22, 2009

Canadá- Terra da vida fácil e $ sem limites... Parte 6.3

No caminho pra Tumbler Ridge, nos encontramos e juntamos à outra equipe. Agora éramos uns 60 trabalhadores. Após a longa viagem, de cerca de 700 km, chegamos a noite no acampamento.
Sei lá porque chamam de acampamento. Talvez porque o exterior seja feio. Vários conteineres adaptados, transformados em quartos. Confortável como muitos hotéis.
Quartos, banheiros, lavanderia, refeitório, sala pra tv e sinuca... tinha de tudo!
Jantei bem e fui dormir.
Os cafés da manhã eram fartos... Cereais, panquecas, pães, bolos,muffins, ovos, batatas assadas, bifes, presuntos, lingüiças, frutas, achocolatados, iogurtes, chás, refrigerantes, ..., tudo de vários tipos. As jantas eram ainda mais fartas.
No próximo dia, não agúentava de dor nos joelhos. Eu não tinha condições de trabalhar. Quem me dera ter folga (7 dias a cada 28 consecutivos trabalhados, mas eu estava a menos de 28 dias nesse eprego).
Milagre!
Neve funda e mato... Impossível que qualquer veículo entrasse no local pra entregar equipamentos. Helicópteros precisariam fazer as entregas. Um certo James foi escolhido pra auxiliar o chefe no engate dos equipamentos no cabo preso ao helicóptero. Um dos chefes, José (pronuncia Rosê - nome espanhol), que foi com a minha cara, pensou que eu fui o escolhido. Me tirou de lá rapidinho e fomos ao heliponto improvisado. Minha equipe ficou desfalcada. O trabalho atrasou porque ninguém sabia onde eu estava. Quando descobriram o engano, não quiseram perder mais tempo pra arrumar. O outro James foi no meu lugar. Meus joelhos tiveram a folga necessária.
De manhã cedo, tomei banho e corri pro refeitório. Peguei várias garrafas de água e caixas de suco, além de comida de tudo que é tipo.
Erro grave, que se repetiu algumas vezes!
A pick-up nos deixou na beira da estrada, de onde caminharíamos na neve pelo mato até o local onde deveríamos iniciar o trabalho. Cheguei lá com a língua de fora. O peso da mochila com água, comida, 2 pares extras de luva e meia era praticamente insuportável. Agora, além da mochila, tinha de carregar 30 kg de sensores.
Levei ainda uns 3 ou 4 dias pra aprender que 1 grama, ao final do dia, é equivalente a uma tonelada!
Nunca levei minha câmera, Thank God. Mas precisei de 4 dias pra aprender a não levar comida, e pouca água e sucos.
Os próximos dias ficaram piores. Muitos trabalhadores desistiram. Eram 5 a 7 desistências por dia.
Alguns veteranos apostaram entre si que eu e meu irmão iriamos desistir. Foi por isso, não por ser forte nem por outro motivo que fiquei. Não quis dar esse gostinho pra ninguém.

Continua no próximo post.

Captain Forr X Sindicato

Povo da minha terra virtual, ou melhor, leitores(as) d0 meu blog,
Estou cansado.
Pela primeira vez na semana dormi mais que 4 horas (hoje, dormi 5 horas). Estou trabalhando a noite e voando de manhã, além de cuidando da coluna e outras coisinhas a tarde.
Hoje, após dormir as 5 horas a que tinha direito, levantei de madruga, chequei a previsão do tempo (temppo ruim também pode ser bom), tive uma boa desculpa pra cancelar meu vôo solo sem pagar multa (vento forte com rajadas de través) e voltei pra cama.
Além do cansaço físico, tem o stress com o sindicato arrumando confusão "falando por mim" no trabalho.
Aqui no Canadá, os trabalhadores fazem uma votação (contra ou a favor de ter sindicato) e todos são afetados pelo resultado. Eu era contra, mas não pude votar. Tirei licença pra ir pro casamento do irmão. Voltei 28 dias antes da votação, e quem retornou de licença a menos de 30 dias não pode votar. Minha opinião não foi considerada. O povo a favor do sindicato venceu.
Todos os trabalhadores são sindicalizados - sem opção. Minha única opção seria abandonar o emprego. É o que eu pretendo fazer, assim que conseguir outro com salário igual ou próximo (graças à crise, agora tem menos empregos no mesmo nível disponíveis e muitos caminhoneiros muito mais experientes disponíveis, então, tá difícil).
Gente, não tenho nada contra a Coca-Cola. Até poucas semanas atrás, tinha o melhor ambiente de trabalho de todas as empresas pra qual já trabalhei. O sindicato está fazendo o que mais sabe.
Captain Forr

Monday, April 20, 2009

Canadá- Terra da vida fácil e $ sem limites... Parte 6.2

A história deve estar chata, já que ninguém se interessou pela parte anterior, mas vou continuar, aniway.
Nem sempre era possível pros chefes facilitar o nosso serviço. O trabalho era pesado e tinha de ser feito. Cada linha de cabos, caixas, baterias e sensores, que eram conectados ao computador dos engenheiros e geólogos tinha alguns kilômetros de comprimento e levava dias pra serem completadas. Minutos após a explosão dos dinamites, o mesmo trabalho pesado era retomado, mas ao contrário: tudo tinha de ser recolhido e carregado na pick-up. Nesse caso, o que eu poderia fazer na caçamba?
Lá estava eu, achando o trabalho difícil, mal sabendo que não ficaria mais fácil do que estava. Em mais 3 dias, viajaríamos a Three Hills (por coincidência, a primeira cidade que morei ao vir ao Canadá, onde quebrei meu pé, pra onde eu vou, em mais alguns dias quando for fazer aula de navegação aérea), onde nos juntaríamos a outra equipe pra um trabalho muito maior.
Saí da PacWest (empresa de drywall) Achando que deixei os vagabundos pra trás... Que engano. Novamente, fazíamos serviço extra pra facilitar pra outros estrangeiros que reclamavam que estávamos indo muito rápido e que o serviço deles estava pesado...
Eu andava mais paciente que meu irmão. Carregava os cabos, mais pesados que os sensores, pra que os outros carregassem menos peso. Meu irmão carregava um sensor a mais, pra que alguém carregasse um a menos.
Todo dia alguém desistia... “o trabalho era muito pesado”... Coitados. Nem viram o que era trabalho pesado, nem chegaram a Tumbler Ridge.
Após muito ouvirmos reclamações, eu ficavapermaneci quieto. Meu irmão explodiu. Gritou muito com alguns, jogado na cara o que nós fazíamos a mais pra protegê-los. Não permitiu defesa. Mandou os que estavam reclamando calarem a boca.
Terminamos o trablho em Three Hills. Acabou a moleza, que achávamos pesado. Acabou a brincadeira. Era hora de Trabalhar. Partimos pra Tumbler Ridge, aos pés das montanhas Rochosas. Chegou a hora da verdade, chegou a hora do terror.

Thursday, April 16, 2009

Canadá- Terra da vida fácil e $ sem limites... Parte 6.1

Não estava conseguindo emprego de caminhoneiro – ninguém chamava por causa das seguradoras que só queriam caminhoneiros experientes.
Vi o anúncio – que falava de um emprego e anunciava um salário muito mais alto que o real. Teria de ficar uns 2 anos na empresa pra conseguir o salário anunciado, mas isso são outros quinhentos. Eu precisava de emprego e salário; aquilo era emprego e pagava salário.
Fui com meu irmão. Preenchi formulários. Eu tinha 2 dos cursos exigidos (graças ao primeiro emprego no campo de petróleo). Ele não tinha. Meus formulários já estavam preenchidos quando finalmente o convenci a aplicar. Não sabíamos que a empresa daria os cursos exigidos.
Um dia depois, 3 empresas nos chamaram, inclusive esta última. Foi a que escolhemos.
Após 3 dias de cursos – H2S, Primeiros socorros, Como agir em caso de ataques de ursos (que podem acordar com o estouro dos dinamites), etc., etc., etc., fomos mandados pro campo.
Por algum motivo desconhecido, nós dois caímos nas graças dos chefes (tá certo que um deles era Latino, mas este nós só conhecemos uns dias depois). Quando podiam, nos selecionavam pros trabalhos mais leves.
Estavamos na região das pradarias de Provost, região plana, com aclives e declives longos, porém não muito íngrimes. Estávamos acostumados a fazer força, levantar peso, mas nada de exercícios aeróbicos. Estávamos sem o fôlego exigido para a tarefa.
O chefe, sem saber disso, já no primeiro dia me chamou de lado e me disse que o meu serviço seria diferente.
Falou:
-Fica aí na caçamba (da pick-up 4x4). Quando eu der uma buzinada, você joga um sensor. Quando eu der duas buzinadas, você joga um cabo fêmea. Quando eu parar, você joga um cabo macho, uma caixa e uma bateria (ainda hoje não sei a função das caixas...). Fiz isso.
Eu na boa, na caçamba da pick-up jogando equipamentos, enquanto o resto da equipe caminhava atrás, com neve até os joelhos (isso é muito cansativo), instalando aqueles sensores.
Eu na boa, a -33 graus Celsius, tomando vento (a temperatura mais baixa que eu enfrentei foi -43 Celsius em 1991 e novamente em 1996, mas a sensação térmica nesse dia era pior; a pick-up andando a 40km/h e eu tomando vento).
A noite eu não tinha voz... Uma semana com dor de garganta, e eu sou alérgico a absolutamente todos os analgésicos conhecidos. Só me restava sofrer.
Continua no próximo post.

Cerveja

Ontem a noite, eu, meu irmão e cunhada fomos confraternizar no bar...
Volta e meia nós vamos comer asinhas de frango e tomar uma Coca-Cola ou chá gelado.
Bem, acho que as garçonetes devem achar estranho... Os únicos clientes que desprezam as promoções de cerveja.
Até concordo que bar não é o ambiente mais comum de se tomar refrigerante, mas cerveja tem gosto horrível. Os alemães dizem que não, mas não me convencem. Também tínhamos de dirigir pra casa, e eu tive de voar hoje. Não ia tomar bebida alcoólica de nenhum tipo.
Por isso, fiquei com a Coca-Cola e resolvi terceirizar o consumo da cerveja pra
esses profissionais.

Wednesday, April 15, 2009

Canadá- Terra da vida fácil e $ sem limites... Parte 6

AVISO IMPORTANTE:
Leitores, agora acabou a parte chata da minha história profissional. Chegou a parte trágica. Não se desanimem com os posts anteriores. E aproveitem que neste blog é facinho e gratuito e não tem confirmação chata de letrinhas e deixem seus comentários e perguntas. Comments e perguntas são bem vindos. Leitores também!
Captain Forr


2005-2007 foram anos de explosão econômica do Canadá, mas principalmente em Alberta. Não tinha como olhar pro lado sem se ver anúncio de emprego.
Lembram-se que eu fiquei um ano e meio desempregado no Brasil? Pois é! Um choque foi chegar aqui e ver tudo que é tipo de empresa – lojas, restaurantes, indústrias – com anúncios de emprego na porta, e filas enormes ... de clientes, não de procura de emprego.
Saí da empresa de Dywall achando que ia ser fácil conseguir outro emprego. Quando peguei o emprego, trouxe meu irmão comigo. Quando saí, fiz o mesmo: trouxe ele comigo. Agora, eramos 2 desempregados.
Mandei muitos currículos. Ninguém chamava. Fiquei desempregado, gastando as economias por 2 meses. Quando a conta já estava seca, 3 empresas chamaram no mesmo dia (tanto eu como meu irmão). Escolhi uma no campo de exploração de petróleo – Seismic.
No verão, engenheiros e geólogos foram adiante plantando dinamite no solo, em vários lugares estratégicos e eqüidistantes. No inverno, equipes de 5 pessoas iam nesses lugares instalar sensores, conectá-los aos computadores no caminhão e detonar os dinamites, pra leitura do solo através da reflexão das ondas sonoras.
Este foi o trabalho mais pesado, difícil e sofrido que já tive. O salário pouco acima do mínimo; esforço pouco acima do limite! (Tinha um dia que passei horas dizendo pra mim: só mais o próximo passo, daí você desiste. Só não chorei de vergonha.). Hoje em dia não me lembro do sofrimento, só me lembro da aventura. E eu amo avetura.
A história é longa, então, vou dividir este post em 8 partes pra vc conseguir ler ele todinho.
Vc, ao ler isto, vai querer viver a mesma aventura. Eu vou te dar um aviso, mas vc não vai me levar a sério. Vou avisar mesmo assim: DESISTA! VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR!
Nos meus próximos post, vou ser tão enfático na aventura, nas dificuldades, na superação, que você, leitor(a) vai se imaginar na história, vai fantasiar, vai desejar ter estado junto... Meu aviso de foi em vão. Você não acreditou mesmo!
O resto da história fica pro próximo post.

Certificado de Legalidade


Eu sou legal e tenho um certificado pra provar.

Esse porquinho tem a minha cara, não?



Uma das coisas que levou a Lucia a me dar este cetificado é o fato de eu manter desativado aquele "código de letrinhas" anti-spam pra comentários no meu blog...
Vamos lá minha gente. Vamos mudar a blogosfera. Vamos boicotar (deixando de comentar, não necessariamente visitar) os blogs que exigem confirmação das malditas letrinhas pra postar comentários.

Quem for legal, que pegue o selinho e ajude a linchar que mantém o recurso ativad no seu blog.

Captain Forr

Monday, April 13, 2009

Canadá- Terra da vida fácil e $ sem limites... Parte 5

Agora já estamos em meados de junho de 2006.
Retornando do Brasil, eu e meus irmãos fomos morar temporariamente de favor na casa dos tios. Hora de procurar casa e emprego.
Era a época do boom do petróleo e pessoas do Canadá inteiro estavam vindo pra Alberta, a província mais próspera, pra procurar emprego. Isso gerou um déficit enorme de moradias.
Graças a uma amiga brasileira, o condomínio nos passou na frente de muita gente e nos alugou um apartamento.
O emprego me veio rápido: Entrega de Drywall (compensados de gesso, cerragem, cimento e fibras pra fazer paredes das casas). 3 dias depois, consegui que contratassem meu irmão pra trabalhar no depósito, selecionando produtos encomendados.
O trabalho era pesado, mas o pior é que drywall é frágil. Tinhamos de entregar a quantia certa no cômodo que o cliente quisesse. Isso requer muito cuidado no transporte manual (o caminhoneiro e ajudante carregando do caminhão pra dentro da casa). Tinhamos de subir e descer escadas carregando a desgraça sem quebrar. Resultado: quebravamos a coluna, ma não o drywall.
O caminhoneiro era o chefe da dupla; era cobrado pelo tempo e desempenho; era qem ficava com o rádio sendo cobrado pelo despachante.
Cansei de trabalhar com vagabundos. Quase todos estrangeiros, e, pra vergonha minha e do meu irmão, um brasileiro vagabundo que não falava inglês... Sobrava pra nós traduzir as broncas, e cobrança dos demais empregados pra forçá-lo a trabalhar.
Não sei como vocês me vêem, mas eu me julgo educado. Cansei de expulsar ajudantes que mexiam (de forma muito grosseira) com as meninas na rua. Cansei de expulsar vagabundos do meu caminhão.
A empresa cansou do brasileiro vagabundo no caminho selecionando encomendas. Colocaram ele como meu ajudante. Ficou 3 dias. Se não quer trabalhar, cai fora que isso é favor pra mim. Expulsei mais um.
Sabendo que seria demitido, me chingou um monte em português e inglês, me cumprimentou com o dedo do meio e pediu demissão.
Após 5 meses quebrando a coluna pra não quebrar o maldito produto, não agüentei. Pedi demissão. 5 semanas indo pelo menos 3 dias por semana no quiropracta arrumar a coluna.
Chegou a hora de procurar outro emprego que também* despejasse money a torto e a direito no meu colo.


* descobri mais tarde que a concorrência pagava cerca de 50% a mais.

Friday, April 10, 2009

How Deep the Father's Love for Us

How Deep the Father's Love for Us
Written by Stuart Townend

How deep the Father's love for us, how vast beyond all measureThat he should give his only son, to make a wretch his treasureHow great the pain of searing loss, the Father turned his face awayAs wounds which mar the chosen one, bring many sons to glory

Behold the man upon a cross, my sin upon his shouldersAshamed, I hear my mocking voice call out among the scoffersIt was my sin that held him there until it was accomplishedHis dying breath has brought me life; I know that it is finished

I will not boast in anything: no gifts, no power, no wisdomBut I will boast in Jesus Christ; his death and resurrectionWhy should I gain from his reward? I cannot give an answerBut this I know with all my heart: his wounds have paid my ransom

© 1995 Kingsway's Thankyou Music
CCLI #1596342

Wednesday, April 8, 2009

Canadá- Terra da vida fácil e $ sem limites... Parte 4

Novamente, é recomendável ler as partes anteriores primeiro, mas dá pra pegar o bonde andando...
Desta série, é o último dos textos longos.
Neste emprego, eu trabalhava um mínimo de 14 horas por dia, com média de 15 horas. 16 horas eram freqüentes; 18 não eram incomuns, e, nos 5 meses que fiquei nesse emprego, 5 vezes fiquei 20 horas no batente. Trabalhava 15 dias seguidos e descansava 6.
Ganhava por serviço, não por hora. O salário médio era razoável, mas nunca sabia quanto ia ganhar. As vezes, após 16 horas, ganhava C$ 40,00, outras vezes, C$300.00. Se o serviço demorasse 3 dias, C$ 300,00 era pouco.
Bem, o pé torcido pro lado ainda incomodava. O cansaço era perigoso na hora de dirigir. Nos 5 meses que fiquei nesta empresa, foram 5 acidentes, 2 fatais (3 mortes, mas ninguém que eu conhecesse. A empresa era grande e tinha várias bases).
As equipes eram formadas por 2 operários/caminhoneiros e um engenheiro.
O caminhão transportava ferramentas, alguns explosivos e os cabos de aço e de computador, além de ser o escritório do engenheiro. O engenheiro ia na Pick-Up, carregando os demais Explosivos.
O trabalho era muito pesado, as pessoas, no geral, arrogantes e ignorantes. Logo que eu cheguei na empresa, o engenheiro me chamou e me avisou sobre o ambiente e me disse: “não se esqueça, nesse meio, só nós dois temos estudo”. Já sabem como eu era tratado. O “University Boy” (termo irônico em tom de desprezo) era o burro que não sabia o nome das ferramentas...
Cinco meses... Muita perseguição... muito desrespeito... Até que não agüentei. Tive de tomar posição. Levantei a voz algumas vezes. Certa vez, por não acatar ordem (a base de gritaria e palavrões) de um colega caminhoneiro pra buscar uma ferramenta, quase apanhei. Quando ele me empurrou (e eu quase caí da caçamba do caminhão, por causa do pé), empurrei o cara de volta. Quando ele fechou a mão pra me dar o soco, pensei em milhonésimos de segundo: “se ele me bater, afundo o nariz dele; se ele bater e der as costas, afundo a nuca dele e azar da viúva e órfãos”. Ele deve ter lido isso no meu olhar, porque ele parou imediatamente. Eu fiquei tremendo muito e por muito tempo, porque eu sabia que sou forte suficiente pra ter matado ele com um único golpe.
Alguns dias depois, com o médico se recusando a me mandar pra um especialista (aqui, por falta de profissionais, o paciente só pode ir a um especialista com referência do clínico geral), decidi que era hora de ir ao Brasil. Juntei meus salários, paguei a dívida a vista (embora ainda tivesse mais um mês de carência antes da primeira de 36 parcelas), comprei passagem pro Brasil e paguei a cirurgia (não ganhava tanto quanto as pessoas achavam, mas ganhava bem e economizei muito).

8 dias após chegar no Brasil, o médico tirou o tecido cicatricial que impedia que os ligamentos recolassem no osso, assim como o pedaço de osso solto dentro do meu pé que o corpo rejeitou e causou inflamação.... Um pouquinho mais grave que “músculo atrofiado.”

Pausa pra prgunta:

Músculo fica atrofiado 11 meses pra uma pessoa hiperativa?

Nesta época, reencontrei a Lucia, o Claudio e o Fernando entre outros ex-colegas de faculdade.

Ainda estava recuperando da cirurgia quando meu irmão me ligou do Canadá... “Forr, acabei de ver na televisão que mais dois da sua empresa se acidentaram e morreram.”
Eu sabia a causa do acidente. Estava decidido: O próximo vai ser comigo novamente *. Pra este emprego não volto!


* Certo dia, trabalhamos 20 horas seguidas. Dormimos 4 horas e retornamos ao trabalho por mais 18 horas. Dois dias depois, a empresa me mandou ajudar outra equipe, onde um dos caminhoneiros quebrou o dedo e precisava substituto. Eu estava cansado... peguei a pick-up da empresa, tomei um energético e fui encontrar a outra equipe. Não senti sono. Acordei acertando uma árvore com a lateral da Silverado. Derrapei e voltei pra vala, derrapando de lado. Só não capotei porque a água estava congelada e o carro derrapou sem resistência. Parei a uns 50 cm de uma barreira de pedras, que nivelava uma estrada de ferro. Resultado: duas unhas quebradas, um eixo torto e C$ 7000.00 de prejuízo pra empresa.
Cheguei em Edmonton a noite, de carona no guincho. De manhã, me pegaram pra exame de bafômetro e urina. De lá, mais 20 horas seguidas de trabalho imediatamente após meu acidente por dormir no volante.

Saturday, April 4, 2009

Canadá- Terra da vida fácil e $ sem limites... Parte 3

Para melhor compreensãao, sugiro que leiam as outras partes antes, mas, como os posts são longos, dá pra pegar o bonde andando.




Pra quem pensa que trabalho de caminhoneiro é só dirigir, vou contar um pouco agora sobre meu primeiro trabalho como caminhoneiro.
Pra evitar um texto demasiadamente logo, vou dividir em duas partes.
Neste post, vou falar sobre o trabalho em si; no próximo, sobre o ambiente.

Através de amigos dos meus tios, consegui um emprego em Grande Prairie, a 750 km de Calgary.
Fazíamos manutenção em poços de petróleo. Trabalho pesado e longas horas...
As equipes eram formadas por 2 operários/caminhoneiros e um engenheiro que dirigia uma pick-up.
O caminhão transportava ferramentas, alguns explosivos e os cabos de aço e de computador, além de ser o escritório do engenheiro. O engenheiro ia na Pick-Up, carregando os demais Explosivos.

Fazíamos serviços de limpeza de poços, soltando uma ferramenta que recolhia o betume das bordas do encanamento pra que o petróleo fluísse;
Soltavamos ferrmenta de leitura de raios gama, pra saber onde tinha betume, certos tipos de rocha, água, petróleo, gás naural, etc.
Soltavamos ferramentas de leitura da integridade dos canos...
Por fim, uma arma (cano com explosivos direcionais) pra romper canos e rochas pra que o petróleo e/ou gás natural fluisse.
Todas as ferramentas eram muito pesadas; algumas precisavam de duas ou mais pessoas pra serem carregadas. Os caminhoneiros (e muitas vezes, o engenheiro) preparavam elas antes e depois de serem colocadas/retiradas dos poços. Todos os dados eram coletados e processados no computador. Uma vez que a ferramenta estava no poço, o trabalho não podia ser interrompido, por isso, as vezes ficávamos 18 ou mesmo 20 horas no serviço.
O que a gente menos fazia era dririgir... Carregávamos peso o tempo todo, com intervalos apenas quando uma ferramenta estava no poço e a próxima já estivesse montada e pronta pra ser colocada no poço.
Quando a temperatura era de -23 graus Célsius, o negócio era fazer tudo o mais rápido possível e entrar no caminhão pra aquecer.
Quando a gente tirava a ferramenta do poço, nossas luvas encharcavam... aí sim, como as mãos doíam.
Eu corria segurar o cano de escape do caminhão, pra aquecer as luvas antes de conectar e soltar a próxima ferramenta. Depois, corria desmontar, limpar e preparar a ferramenta rescém usada pro próximo trabalho, antes de voltar pra dentro do caminhão me aquecer. Quando o poço era raso, não dava tempo de aquecer... Tinha de preparar a terceira ferramenta, guardar a primeira e tirar a segnda do poço...
Este era o caminhão que eu (esporadicamente) dirigia... Metade do compartimeto atrás da cabine era escritório, com computador, cadeiras e um banco, controle do guincho e um forno microondas pra requentar comida. A parte de trás tinha 7500 metros de cabo de aço (com cabos de computadorpor dentro), que eram conectados às ferramentas e soltas nos poços.
Foi com uma pick-up dessas que eu me acidentei. Mais detalhes no próximo post.
As plataformas que vocês vêem na pick-up eram chamadas "rocket launchers", ou lança -foguetes. Nelas transportávamos as "armas", canos metálicos com explosivos direcionais. Caso explodissem durante o transporte, seriam lançados pra cima (parte menos frágil da arma).
Isso que está no lança-foguetes é uma ferramenta de "selar" parte do poço; também é acionada por explosivos.
Eram explosivos sensíveis, que poderiam ser detonados por pequena corrente elétrica, ou mesmo rádio ou celular.

Chegava em casa de madrugada, dormia o quanto pudesse, acordava ainda de madruga e voltava pro batente. Passava 2 ou 3 dias sem ver as pessoas que moravam comigo. Eu chegava quando eles estavam dormindo, saía antes que acordassem.

Pois é! Esse trabalho era como loteria... Eu descansando na praia, dinheiro despencando do céu, caindo dos bolsos, enfim, money entrando facinho facinho!

Wednesday, April 1, 2009

Canadá- Terra da vida fácil e $ sem limites... Parte 2

Continuação... Pra fazer sentido, recomendo que vc leia o post anterior antes deste.
Sete semanas mais tarde tirei o gesso. Uma perna de Roberto Carlos (jogador), outra de saracura. Um pé pra frente, outro pro lado. O médico dizia que era por causa do tempo no gesso - músculos atrofiados.
Mais 8 dias trabalhando no cortume, ganhando pouco mais que um salário mínimo (valor por hora, não por mês... Poucas horas trabalhando no mmês = salário minúsculo).
Bem, eu já disse, estava fora de forma e não aompanhava o ritmo dos outros operários. Com o pé naquele estado, não aguenava carregar os 2 baldes de 20 kg de sal cada. Enfim, era mandado pra casa cedo todo dia.
Abandonei o emprego. Precisei alguns dias pra perder o cheiro de porco (apesar dos banhos normais e de piscina (pra ficar no cloro) e poder me aproximar das pessoas.
O empréstimo saiu. Me mudei pra Calgary pra fazer o curso, mas agora estava desempregado e endividado.
Comecei o curso. Andava de bicicleta emprestada, porque não tinha dinheiro pra ônibus. Ia pra escola no frio, na chuva, sempre de bicicleta.
Não conseguia emprego por causa dos horários malucos das aulas.
Enfim, economizava cada moeda (literalmente) que podia. Pagava aluguel e comida com $ emprestado. A coisa estava ficando preta. Financeiramente eu estava encrencado.
Um desses dias, comprei comida pro mês e contei o dinheiro restante: 15 dólares em cédulas, e 84 dólares em moedinhas economizadas. Minhas moedinhas eram minha esperança...
Será?
Encontrei um missionário sufocado financeiramente. Tenho certeza que foi Deus quem me mandou fazer o que tinha que ser feito. Lá se foram minhas moedinhas. Agora, só tinha C$15 pra sobreviver o resto do mês. Sem saber, meu irmão me deu mais C$10!
Mas Deus é Fiel. Dois dias depois, fiquei sabendo de uma agência de trabalhos temporários, onde mandam pessoas que querem trabalhar pra serviços aleatórios. Hoje trabalha aqui, amanhã, ali...
Me mandaram pra uma empresa de paisagismo muito boa, onde o chefe gostou de mim e pediu que eu voltasse. Mais tarde, virou minha referência pra outros trabalhos como caminhoneiro. Acabei ficando até terminar o curso de caminhoneiro. Não precisava ir nos dias de aula.
Os pagamentos eram a cada duas semanas. Com um salário eu pagava o aluguel de um quarto, com o outro eu comprava comida. Fiquei nessa uns 3 meses.
Plantei árvores, preparei sistema subterrâneo de irrigação, plantei grama, ..., fiz paisagismo num bairro onde o valor das casas variava entre C$ 600.000,00 e C$3.000.000,00.
Bem, terminei o curso de caminhoneiro e passei desta pra melhor (financeiramente; o emprego era pior, Mas isso eu conto no próximo post).

Sunday, March 29, 2009

Saturday, March 28, 2009

Canadá - Terra da Vida Fácil e $ sem limites - parte 1

Já quea Lucia, do http://www.lucia-inthesky.blogspot.com mensionou algumas coisinhas sobre meus trabalhos no Canadá, achei que posso escrever, e muito, inúmeras histórias a respeito deles.
Também serve de recado pra quem leva meu título a sério. Quando estive no Brasil, muita gente queria que eu arranjasse emprego pra eles, "ainda que como lixeiro"... Outros amigos brasileiros receberam várias ligações do Brasil, de estranhos, com o mesmo pedido.
Quer ser lixeiro no Canadá? Tá achando que vai começar por cima? Tá achando que a vida aqui é fácil?
Continue a leitura!

Ainda no Brasil, cursando Administração, fiquei 1 ano e meio desempregado (passando vergonha de ainda ser sustentado pelos pais). Tentei de tudo. Mandava vários currículos. Era chamado pra entrevistas pra ouvir que não consegui a vaga por não ter experiência (Antas! Pra que chamar pra entrevista pra descobrir que eu não tinha experiência? Não podiam ler meu currículo???).
Tentei de tudo. Agência de empregos... Tabalhar como repositor no Pão de Açucar... Também rejeitado nesses, mas por ser overqualified. Nunca fiquei tanto tempo no meio termo. Descobri que o melhor lugar pra ficar num tiroteio é no centro do alvo – lá dificilmente acertam.

Bem, finalmente consegui um estágio na Secretaria Estadual do Meio-Ambiente e Recrsos Hídricos do Paraná, onde fui demitido em 1 mês por me recusar a mentir pra salvar a pele do chefe. Ele me disse que, enquanto eu precisava dos meus princípios, ele precisava do emprego.

Bem, um mês mais tarde terminei o curso, com tudo que é parente buzinando o meu ouvido pra vir pro Canadá, onde tem emprego. 1 mês após a colação de grau, aqui estava eu, iniciando mais uma etapa de aventuras, sangue, suor e lágrimas (todos literais).

Bem, este post vai ficar longo, então, vou contar um pouco em linhas gerais, e mais tarde voltar no tempo e contar mais detalhadamente sobre cada um deles.

Cheguei no Canadá no dia 29 de abril de 2005. Dia de festa, de botar o papo em dia com os parentes, sofrer com o “frio” de - 4 graus Celsius, ver um pouquinho de neve...
Próximo dia – dia de correr atrás de documentação pra poder trabalhar, seguro saúde, etc...
Dia 2 de maio – dia de mais preocupação, correria, entrevista pra emprego... Tanta coisa na cabeça, que nem me lembrei... Abro o e-mail, e 3 e-mails de Feliz Aniversário.

Dia 3 de maio – Novo dia, emprego novo.

Sim, eu, bacharel em Administração com habilitação em Finanças iniciei minha carreira de operário em cortume de couro de porco. Este foi, até hoje, o emprego mais sujo e nojento que já tive. Pesado, fedido, e eu fora de forma, sem fôlego, tetando manter o passo com os demais operários.
No próximo dia o patrão ligou dizendo que eu não precisaria aparecer nso próximos dois dias, que o caminhão não chegou e estávamos sem couros pra curtir.

Dia 5 de maio – liguei pra tia pra dar feliz aniversário pra ela e saí pro jogo de futebol, não pra jogar, mas pra assistir. Meu irmão achou uma bola na beira do campo e um canadense criado no Brasil. A brincadeira começou. Resultado: 7 semanas no gesso, 11 meses mancando, volta ao Brasil pra cirurgia, início da minha vida de caminhoneiro.

Ao ficar em casa, "quietinho, me comportando muito bem" (vide fotos de minhas escaladas com gesso), ouvi sobre a falta de caminhoneiros. Peguei um empréstimo e fiz meu curso (54 horas dirigindo e umas 80 de cursos teóricos) assim que tirei o gesso.
O texto já está longo.
Contino mais tarde, senão ninguém vai ler até o fim.
Captain Forr

Wednesday, March 25, 2009

SOLO - FOTOS, VIDEOS & SELINHOS

Como estou atrasado, ao invés de começar com o vôo solo em si, começo com os selinhos.
Estão disponíveis a qualquer um que visitar meu blog.
Vcs podem escolher um ou outro, ou, melhor ainda, pegar os dois. São gratuitos. Este primeiro, porém, só terá validade pra quem comentar!
Quanto mais pessoas pegarem os selinhos, maior será o meu prazer neles!

Captain Forr



Após muito investimento financeiro, treino, cancelamentos e reclamações do irmão e cunhada, que eram arrastados até o aeroporto pra não me ver solar, no dia 23/03/2009 o vôo solo finalmente saiu.

Primeiro taxi solo - Taxiway A até a pista 34
A seguir, remake do filme Estes Homens Maravilhosos e Suas Máquinas Voadoras.
O orçamento estava apertado, portanto, o projeto foi alterado. O nome do filme remake é
ESTE HOMEM MARAVILHOSO E SUA MÁQUINA VOADORA.

Decolagem

Aterrissagem

Este foi, até o momento, meu melhor pouso! Super macio! Beijinho na pista! Ainda bem que meu irmão filmou.

Checagens pós-vôo/pré-abandono da aeronave


Primeiro vôo solo - Prova documental


Batismo - Meu primeiro banho em público.


Ryan, meu instrutor principal


No vídeo vcs podem ouvir a voz da minha cunhada dizendo que estava frio demais pra banho frio... Que nada! Só 2 graus Celsius negativos.



Aquilo que não podia faltar - muito carinho!

Aeronave - Cessna 172 N, matrícula C-GYTU (Charlie - Golf Yankee Tango Uniform)

Muito obrigado a todos que torceram por mim! Por favor não deixem de me acompanhar. Ainda me falta muito chão pela frente (ou melhor, ar pela frente) até conseguir minha licença, e ainda umas 170 horas de vôo até conseguir a licença comercial.

Devido ao preço, acho que vou levar uns 2 anos ainda (embora eu pudesse ter a licença comercial em 6 meses caso tivesse $ pra isso).

Captain Forr

Wednesday, March 11, 2009

MÚSICA- MITCHELL B 25

Ignorem as vozes... Num concerto, sempre haverá espectadores grosseiros que ficarão conversando e atrapalhando os demais de ouvirem a música.

B 25- A melhor orquestra do mundo.

Captain Forr

Saturday, March 7, 2009

Direito do Consumidor - Fazendo valer seus direitos sem auxílio de advogados

Quem conhece seus direitos como consumidor, pode tranquila e rapidamente lutar por seus direitos com a estratégia correta, e assim, solucionar seus problemas sem o oneroso auxílio de advogados, além da morosidade da justiça, seja brasileira, canadense ou chinesa.
Veja como esta amável e nobilíssima senhora chinesa conseguiu que a companhia aérea Cathay Pacific a colocasse em outro vôo sem cobrança de taxas extras após perder seu vôo.

Hong Kong, 04/02/2009



Sami Aguiar, perdão por tirar seu ganha-pão.
Captain Forr

Thursday, March 5, 2009