No caminho pra Tumbler Ridge, nos encontramos e juntamos à outra equipe. Agora éramos uns 60 trabalhadores. Após a longa viagem, de cerca de 700 km, chegamos a noite no acampamento.
Sei lá porque chamam de acampamento. Talvez porque o exterior seja feio. Vários conteineres adaptados, transformados em quartos. Confortável como muitos hotéis.
Quartos, banheiros, lavanderia, refeitório, sala pra tv e sinuca... tinha de tudo!
Jantei bem e fui dormir.
Os cafés da manhã eram fartos... Cereais, panquecas, pães, bolos,muffins, ovos, batatas assadas, bifes, presuntos, lingüiças, frutas, achocolatados, iogurtes, chás, refrigerantes, ..., tudo de vários tipos. As jantas eram ainda mais fartas.
No próximo dia, não agúentava de dor nos joelhos. Eu não tinha condições de trabalhar. Quem me dera ter folga (7 dias a cada 28 consecutivos trabalhados, mas eu estava a menos de 28 dias nesse eprego).
Milagre!
Neve funda e mato... Impossível que qualquer veículo entrasse no local pra entregar equipamentos. Helicópteros precisariam fazer as entregas. Um certo James foi escolhido pra auxiliar o chefe no engate dos equipamentos no cabo preso ao helicóptero. Um dos chefes, José (pronuncia Rosê - nome espanhol), que foi com a minha cara, pensou que eu fui o escolhido. Me tirou de lá rapidinho e fomos ao heliponto improvisado. Minha equipe ficou desfalcada. O trabalho atrasou porque ninguém sabia onde eu estava. Quando descobriram o engano, não quiseram perder mais tempo pra arrumar. O outro James foi no meu lugar. Meus joelhos tiveram a folga necessária.
De manhã cedo, tomei banho e corri pro refeitório. Peguei várias garrafas de água e caixas de suco, além de comida de tudo que é tipo.
Erro grave, que se repetiu algumas vezes!
A pick-up nos deixou na beira da estrada, de onde caminharíamos na neve pelo mato até o local onde deveríamos iniciar o trabalho. Cheguei lá com a língua de fora. O peso da mochila com água, comida, 2 pares extras de luva e meia era praticamente insuportável. Agora, além da mochila, tinha de carregar 30 kg de sensores.
Levei ainda uns 3 ou 4 dias pra aprender que 1 grama, ao final do dia, é equivalente a uma tonelada!
Nunca levei minha câmera, Thank God. Mas precisei de 4 dias pra aprender a não levar comida, e pouca água e sucos.
Os próximos dias ficaram piores. Muitos trabalhadores desistiram. Eram 5 a 7 desistências por dia.
Alguns veteranos apostaram entre si que eu e meu irmão iriamos desistir. Foi por isso, não por ser forte nem por outro motivo que fiquei. Não quis dar esse gostinho pra ninguém.
Continua no próximo post.
Sei lá porque chamam de acampamento. Talvez porque o exterior seja feio. Vários conteineres adaptados, transformados em quartos. Confortável como muitos hotéis.
Quartos, banheiros, lavanderia, refeitório, sala pra tv e sinuca... tinha de tudo!
Jantei bem e fui dormir.
Os cafés da manhã eram fartos... Cereais, panquecas, pães, bolos,muffins, ovos, batatas assadas, bifes, presuntos, lingüiças, frutas, achocolatados, iogurtes, chás, refrigerantes, ..., tudo de vários tipos. As jantas eram ainda mais fartas.
No próximo dia, não agúentava de dor nos joelhos. Eu não tinha condições de trabalhar. Quem me dera ter folga (7 dias a cada 28 consecutivos trabalhados, mas eu estava a menos de 28 dias nesse eprego).
Milagre!
Neve funda e mato... Impossível que qualquer veículo entrasse no local pra entregar equipamentos. Helicópteros precisariam fazer as entregas. Um certo James foi escolhido pra auxiliar o chefe no engate dos equipamentos no cabo preso ao helicóptero. Um dos chefes, José (pronuncia Rosê - nome espanhol), que foi com a minha cara, pensou que eu fui o escolhido. Me tirou de lá rapidinho e fomos ao heliponto improvisado. Minha equipe ficou desfalcada. O trabalho atrasou porque ninguém sabia onde eu estava. Quando descobriram o engano, não quiseram perder mais tempo pra arrumar. O outro James foi no meu lugar. Meus joelhos tiveram a folga necessária.
De manhã cedo, tomei banho e corri pro refeitório. Peguei várias garrafas de água e caixas de suco, além de comida de tudo que é tipo.
Erro grave, que se repetiu algumas vezes!
A pick-up nos deixou na beira da estrada, de onde caminharíamos na neve pelo mato até o local onde deveríamos iniciar o trabalho. Cheguei lá com a língua de fora. O peso da mochila com água, comida, 2 pares extras de luva e meia era praticamente insuportável. Agora, além da mochila, tinha de carregar 30 kg de sensores.
Levei ainda uns 3 ou 4 dias pra aprender que 1 grama, ao final do dia, é equivalente a uma tonelada!
Nunca levei minha câmera, Thank God. Mas precisei de 4 dias pra aprender a não levar comida, e pouca água e sucos.
Os próximos dias ficaram piores. Muitos trabalhadores desistiram. Eram 5 a 7 desistências por dia.
Alguns veteranos apostaram entre si que eu e meu irmão iriamos desistir. Foi por isso, não por ser forte nem por outro motivo que fiquei. Não quis dar esse gostinho pra ninguém.
Continua no próximo post.
5 comments:
Acho qeu você é teimoso, né? hahaha
Precisava descrever tão bem o café da manhã? Fiquei com fome! BJo
Menino,
Esse mundo tá de cabeça pra baixo!!!
Onde há se viu um cara capacitado trabalhando desse jeito???
Fico imaginando meus filhos no seu lugar, acho que eu morreria. Gostaria de ter minhas "crias" bem debaixo das minhas asas, mas não dá né...
Minha filha mora há uns 350km de mim, é missionária e morro de saudade. Meus "meninos" moram perto, o caçula é cinegrafista, parece legal, né? Mas tem que chegar no estádio (ele faz esporte para a ESPN, a SporTv, a Globo Internacional, a Band e outros, mas tudo como freelance, conclusão, às vezes tem serviço, às vezes não), bem, nos estádios de futebol eles têm que passar quilômetros de fios pesados para depois na hora fazer a cobrtura do evento e imediatamente ao final recolher tudo e a administração dos estádios desliga os holofotes... Hoje ele foi para Belo Horizonte - MG, uns 750km daqui, deve fazer o jogo do final de semana. Fica longe da esposa e do filho de quase 10 anos. Meu filho foi pai aos 18 anos, cada um vai vivendo uma aventura diferente a cada dia, estou vendo isso pelos seus olhos.
Bem, vou deixar o resto da minha história par ao meu blog, ok???
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Tô amando a saga!!!
Tem prêmio para você no meu blog!
É bom mesmo não dar gostinho para os outros. Sabe do que estou sentindo falta por aqui: das fotos!
Que saga hem.
Pois é Lucia! Sou teimoso como uma mula.
Lelé, tenho certeza que o trabalho é mais difícil do que soa...
Babi, tomei nota de sua dica. Logo posto mais fotos.
Lioness, qquer hora eu passo lá e pogo o prêmio. Saiba que eu passo lá com freqüência, só não consigo comentar...
Captain Forr
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