Tuesday, February 17, 2009

ASSUNTANDO COM A FAMÍLIA-REPLY

Na onda do Sami Aguiar, vou contar o meu monólogode doido (eu sou o único louco da família).

Se vcs de fato me acompanham, sabem que eu sou caminhoneiro pra Coca-Cola.
A uns 2 ou 3 meses atrás, tive que fazer uma entrega no presídio de Calgary.
Depois de todo o precesso de identificação, etc., etc., etc., passei por todo um esquema de segurança e estacionei o caminhão no pátio interno (as entregas só podem ser feitas de manhã-creio eu, que a tarde os presos são liberados no pátio pro banho de sol e atividades físicas). Bem, já tinha outro caminhão fazendo entrega de comida. Como eu tinha de esperar minha vez, resolvi ligar pro meu irmão.

Pausa: Eu nunca, jamais, sob nenhuma circunstância deixo recado em secretária eletrônica. Odeio falar com máqinas. Converso com animais, mas não com máquinas.

Continuando... Abri uma excessão e deixei recado pro meu irmão.

“J., estou na cadeia. Estou ligando da cadeia. Se você conhece algum advogado, liga pra ele e diz que um dia aqui ficou tão frio, mas tão frio, que um advogado pôs a mão no próprio bolso.”

(Sami, esta é pra vc. Se quiser passar adiante, pode adaptar trocando advogado por político).

Bem, o cara ouviu só até “liga pra ele..”. Meu irmão entrou em desespero perguntando pq eu estava lá, o que inha acontecido..

Minha resposta: Estou fazendo entrega, é óbvio! Sou pago pra isso.
Tomei bronca de todo mundo: do irmão, da cunhada, das tias, das primas, do pai e principalmente de mãe.

Mas foi a primeira vez que fui pra cadeia. Eu tinha que compartilhar com alguém, não concordam?

Monday, February 16, 2009

Estou comendo rapaDURA...

Gente,

Hoje não pude voar, pq a política da escola é ... "NO FLIGHTS BELOW -20 DEGREES C", e a temperatura pra hora marcada era de 22 graus negativos.
Bem, adiantei a aula de quinta-feira, que seria apenas um ground brief.
Voltei pra casa pra terminar 2 provas escritas e, com isso e mais uma, duas ou três aulas, fazer meu vôo solo.

É claro, já estudei bastante e ainda tenho muito a estudar ainda hoje, mas estou fazendo uma pequena... Admito! Grande interrupção.
Sim, estou com dificuldades de concentração, então, interrompi pra tomar chá e comer pé-de-moleque e rapadura que ganhei da Adelita e Kenneth.
Este casal morou comigo uns meses. Ela é brasileira e ele nigeriano. Moram no Brasil e me mandaram esse presentinho através de um amigo que os visitou.

Bem, deixa e tomar o chá que a água ferveu.
Captain Forr

* edit: Tive de fazer outra interrupção e editar esse post pra botar ênfase no DURA, da rapadura... Essa é mais dura que a média, e tive de usar o martelo nela.

Sunday, February 15, 2009

Em terra de perneta, quem tem gesso é aventureiro...

Em 2005, no meu sexto dia no Canadá, dei um jeito de quebrar o pé e ficar 7 semanas no gesso, e 11 meses mancando. Tive de voltar pro Brasil pra fazer cirurgia.
Dez horríveis dia de cama, e minha mãe brava... Brava, mas não comigo, mas com o Claudio, marido da Lucia, por me estimular a desobedecer o médico, com inúmeras ligações com convites tentadores pra irmos à costelaria.
Depois de 10 longos dias, finalmente pudemos ir.

Bem, quem me conhece sabe que eu não fico parado.
Gesso nenhum nesse mundo me seguraria em casa.
Fomos à Morrin Bridge, um parque nos Canions de Alberta. Muita gente estava escalando lá. Eu não ficaria no carro.
Fui.
Muita gente, em especial, parentes, me chamaram de idiota e tal e foram embora. O André, meu irmão e amigo disse:
É isso ai Filipe. Vamos que eu te espero.
Fomos. Sofri. Cansei e chutei muitos cactus, mas...


Parei pra descansar.

Continuei!
Cheguei!
... Cheguei! Valeu a pena!
Obrigado, André!


Arrumando o telhado da casa da tia... Tive de subir escondido, que ninguém queria me deixar.

Tuesday, February 3, 2009

Amor da minha vida - fotos


I love you, darling!
Fotos boas virão, mas, pra isso, preciso tempo (o instrutor é pago desde o briefing, ou seja, melhor não perder tempo), avião disponível (acreditem, os 11 aviões da escola quase não param em solo), e avião disponível estacionado em local adequado (sem fios elétricos e carro velho no background, além de luz faorável (direção e intensidade).
Mas elas virão! Acreditem. Virão!
Captain Forr
P.S. Fotos feitas com auxílio de um tripé (sem marca) de C$19.00. Ainda terei um Manfroto...

Sunday, February 1, 2009

Minha primeira aterrissagem...

Olá leitores e leitoras.
Hoje, minha quinta aula prática (tive vários cancelamentos por causa de tempo ruim e/ou problemas mecânicos*), fiz meu primeiro pouso no controle.
* Problemas mecânicos: De última hora, já na cabeceira da pista, o conta-giros do motor parou de funcionar. Não é um instrumento essencial ao vôo, embora importante pra algumas manobras, e sua falha não determina a queda de uma aeronave, mas, por pura precaução e responsabilidade, eu mesmo sugeri que abortássemos a decolagem.
Fiz várias aproximações e alinhamento com a pista, mas, no começo, ainda distante o instrutor assumia o controle. Na última quinta-feira, eu fiz a decolagem parcial (ele controlou a direção da aeronave, enquanto eu controlava acelerador, profundor e ailerons, e lia instrumentos). Na hora do pouso, fiz a aproximação e alinhamento, e ele assumiu o controle a uns 10 metros da pista.
Hoje, pra minha surpresa, decolei sozinho... Na volta, quando já estava alinhado com a pista (faltando uns 100 metros pra cabeceira) ele me disse: "O vento está calmo. Vou deixar vc tentar o pouso."
Que emoção, que sensação de vitória!
Pequena pausa: Preciso um tempinho pra imaginar as quatro listras amarelas que terei nos ombros em poucos anos.
Pronto! Podemos retomar o raciocínio.
O pouso foi suave, nada de traseiro doído. Nenhum passageiro ou tripulante se machucou, e o motor continuou lá.
Bem, pousar com motor, sem vento e em pista asfaltada já não é a tarefa mais fácil do mundo.
Então, respondendo a pergunta do Sami Aguiar, o pouso no Hudson foi uma façanha espetacular.
O impacto na água é o mesmo que em terra firme, mas o avião (fuselagem) ficou em um pedaço, faltando apenas uma das turbinas.
(Se vc puder escolher entre cair na água ou em terra firme, a melhor escolha é a terra firme. Se vc sobreviver ao impacto, não vai correr o risco de afogamento ou de afundar junto com a aeronave).
O comandante foi glorificado. Recebeu merecidos elogios e recompensas... Minha pergunta é: e o co-piloto?
Não eram dois os tripulantes? Daquela cabine saíram dois heróis, mas apenas um foi exaltado (pela mídia; creio que o co-piloto também foi homenageado publicamente pelas autoridades de New York).
Bem, assim que eu erminar de estudar as 600 páginas de regulamentos e passar na prova (50 questões, com nota mínima de 90%) e for autorizado a fazer meu vôo solo (mínimo 12 horas de vôo; já tenho meio caminho andado), volto a postar.
Amanhã de manhã, tenho mais um vôo. Vou aproveitar pra fotografar o avião (ou pedir pra alguém me fotografar com o avião) e acrescento uma foto a este post.
Lembrem-se: QUEM GOSTA DE CHÃO É MINHOCA! (comandante Lysias Augusto da Costa)